Desalento
Desalento...
Sinto o
desalento
Sou feliz,
mas a minha alma sofre
Quase nunca,
só agora
Agora estou
oco
Distraído,
focado no infinito
Apático,
lúgubre
Insosso,
sinto-me vazio
Perdemos o
jogo e estou triste
Procuro
alegria e não encontro
A fragilidade
do corpo humano aterroriza-me e enraivece-me
A riqueza
que encontro volta-se contra mim
Deprimo em
frente ao teclado
Debito furiosamente
os dissabores do meu íntimo
Nem sei o
que escrevo
Os dedos
trabalham fervorosamente
orientados
por um alcoolizado piloto automático
Desisto, não
resisto, vou para a cama
Vejo-te, no
teu trono à espera que eu ocupe o meu
Indolente,
indiferente a tudo, às minhas mágoas
Deleito-me,
deito-me, volto a sorrir…
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