sexta-feira, maio 07, 2004

A Casa Do Sitio Da Paz II

Entrei pelas portas,portas essas desconhecidas pela alegria ou pela tristeza,como fogo por onde dancei e brinquei,ao luar duma noite sem fim,que me levava ao fim.
Encontrei coisas lindas,loucas,era demais para uma escuridão que eu via,que encontrava,que sentia e ria,ria pelas ondas que rebentavam,pelo vento que fazia e quando chovia,chorava.
Sentia destruição,loucura,os meus cabelos dançavam ao som do vento e eu escorregava pelo poço sem fim,ou pelo fim da esperança.
Seguia uma estrada e a estrada seguia-me para o lugar do riso,do silêncio,do sentimento,sitio esse com asas soltas,becos sem saída,estradas de pedra numa linha suicída,uma praça podre e as pessoas a envelhecer.
Como isto é lindo! Tão lindo que não dá para continuar....
Uma casa velha,velha essa casa com uma escadaria viva,fria onde tudo rola ao cair,no sitio de ninguém,onde a música estoira os ouvidos com os seus gritos no silêncio que alguém ouve.
Sonhava com uma sereia no sitio onde costumava sentar-me.Todos os dias via o Mundo passar.Viajava muito ao sitio da paz,ao sitio natureza com entrada de alcatrão,raparigas loucas e uma rua sem luz,sem escuridão,mas alegre.
Pessoas que encontrei,pessoas com quem falei,pessoas essas sentidas com o sentimento dos sentimentos,cabeças deslocadas numa confusão de raios de côr,um aceleramento indiscrítivel,um sitio dificil,um olhar fraco,um olhar fraco pelo forte.
Tentei falar com quem,porque me faltava,faltava o que eu queria sentir.
Sentir um raio!
Estorei,rebentei numa bomba de pó.Os cavalos brancos galopavam por um beco sem saida.As fardas perseguiam-me até ás grades,e eu também corri...Pelo tanto que corri,pelo tanto que fugi,estava no mesmo sitio,A Casa Do Sitio Da Paz.